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domingo, 26 de agosto de 2012

I - Na Caverna

- Loreal, espera!
     - Esperar? Quem você pensa que é pra me mandar esperar?
     - Eu sou o único ser humano num raio de muitos quilômetros.
     Ela respirou fundo. Ele tinha razão, ela tinha que manter a compostura, mas não era uma tarefa fácil... como que os outros reagiriam quando soubessem que ela ficara na companhia do "Esquisito" por mais, muito mais de 5 segundos? Seria seu fim.
     Loreal era líder do comitê estudantil. Estava no topo da hierarquia da escola. E ela havia batalhado muito para chegar onde estava. Horas no salão de beleza e na academia, para manter a aparência. Ter sempre que sorrir para as pessoas (mesmo para as que faziam parte da ralé). Ter que agradar e ganhar a confiança dos professores. E agora, todo esse trabalho podia ir por água a baixo.
     O "Esquisito"? Bem, o esquisito se chama Nick. Ele era chamado de esquisito pelo simples fato de não fazer tudo igual aos outros. Não seguia as ordens ditadas pela "rainha" Loreal e em troca ganhava o desprezo geral da escola. Não tinha amigos e vivia isolado no seu canto escuro ou na mesa mais afastada da biblioteca.
     Ele era um bom aluno, tirava sempre notas boas e quase sempre dava um jeito de fazer os trabalhos de grupo, sozinho. Quase porque justamente naquele dia ele não teve sorte. Não só não pode fazer o trabalho sozinho, como no sorteio das duplas ele ficara justamente com Loreal, A Rainha da Perfeição.
     O trabalho que unira esses dois era de geografia. Era um trabalho de campo onde cada dupla deveria apresentar um relatório da visita ao Parque Municipal Xavier Antunes. A parte mais aguardada por quase todos era a exploração da caverna. Ela era um túnel natural de dois quilômetros, mas havia um infinidade de bifurcações de modo que ninguém deveria sair na trilha. Mas parece que Loreal não ouviu isso.
     Ela viu um brilho em uma das bifurcações e resolveu segui-lo, na esperança de que fosse alguma pedra preciosa.Nick a viu sair da trilha e pensou muito, mas muito mesmo, antes de resolver ir atrás dela, afinal eram uma dupla e ainda eram responsabilidade um do outro, como dissera o professor Beto. Ele resolveu apagar sua lanterna para ver onde ela iria sem ser notado e assim a seguiu em silêncio por alguns minutos, mas ao ver que deviam estar bem distantes do restante da turma resolveu acender a lanterna e chamá-la.
     - Loreal, pra onde você está indo?
     - Que susto! Porque que você me seguiu?
     - Somos uma dupla e somos responsabilidade um do outro...
     - Aham, como se você se importasse comigo, nem nos falamos na escola.
     - Mas já fomos amigos.
     - Ah, não enche garoto! Isso foi a muuuito tempo e ninguém nem lembra.
     - Eu lembro.
     - Pois trate de esquecer. E pode voltar pra trilha.
     - O quê? E deixar você aqui sozinha?
     - Acho que sou bem grandinha e até alguns centímetros maior que você, mas faça o que quiser.
     Dito isso deu meia volta e continuou a caminhar.
     - Loreal, espera!
     - Esperar? Quem você pensa que é pra me mandar esperar?
     - Eu sou o único ser humano num raio de muitos quilômetros.
     - Boa tentativa estranho, mas eu vou continuaaaaaaaaaaaaaaa...
     A última palavra da menina se transformou em um grito pois ela caiu em um buraco. E conforme foi se afastando, sua voz foi se extinguindo.
     - LOREAL! ME RESPONDE! LOREAL! - O menino gritava com a esperança de que teria alguma resposta,mas não a teve.
     Ficou desesperado e como consequência, resolveu pular dentro do buraco também. Ele tomou fôlego, criou coragem, esqueceu do medo e pulou. E mal pulou, tomou consciência de que o buraco se tratava de um túnel com as paredes cobertas de limo, e isso ele pôde notar pelo fato de estar com a lanterna acesa bem presa na mão.
     O túnel descia e dava algumas voltas e embora a descida tenha durado apenas dois minutos, pareceu uma eternidade para Nick. Ele avistou uma luz tênue e um ponto de luz que crescia gradualmente, era a boca do túnel. 
     Quando ele saiu do túnel aterrissou em algo macio, era grama. Mas como poderia ser grama se estavam a metros, quilômetros abaixo da terra e longe da luz solar. E por falar em luz solar, de onde vinha aquela luz que o iluminava? Vinha do alto. E quando pro alto ele olhou, se surpreendeu com o que viu pois tudo aquilo era impossível.


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E aí gente, o que acharam?
Tava sem inspiração pra escrever As Irianas e essa ideia surgiu.
Se gostarem e quiserem eu posso continuá-la.
Por isso, comentem =D
Beijo meninas.
Abraço rapazes.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

No canto

Coldplay era o que ele estava ouvindo.
Estava lá, sentado no canto.
E por que ele estava lá?
Bem, por uma razão muito simples:
Resolvera ser diferente e se apaixonara.
Não quis apenas contato físico.
Quis também lembrança.
E a cada vez que lembrava perdia um pedaço do coração.

Não, ele não era triste nem melancólico.
Somente uma ou duas pessoas sabiam o que realmente se passava em sua mente.
E em seu coração, ou pelo menos o que sobrava dele.
Era feliz como a maioria dos jovens.
Tinha aquela vontade de viver.
De provar.
De descobrir.
De recriar e
Revolucionar.

O mundo...
O mundo era grande.
Mas em sua curta vida descobrira que o importante não era saber o que aconteci no mundo.
Mas sim o que acontecia consigo e com as pessoas que amava.
Sobretudo as que o amavam também.

E como sabemos a natureza humana é estranha e incompreensível.
O próprio amor é um cara que possui múltiplas facetas.
Ele lhe causa alegrias e tristezas.
Certezas e dúvidas.
Promove a paz e causa guerras.

E ele continua no canto.
Ainda ouve Coldplay.
O mundo gira.
Alguma estrela em alguma galáxia se apaga.
Uma borboleta bate as asas.
E um terremoto atinge o Japão.


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Para quem ficou curioso(a) eu estava ouvindo a música Green Eyes do Coldplay ao escrever esse texto.

domingo, 19 de agosto de 2012

Não tinha nada pra postar #2

Somos mesmo livres e criamos nosso próprio destino ou existe algum poder divino que nos rege e tudo que acontece em nossas vidas é premeditado???
Realmente não sei a resposta e duvido muito que algum humano a tenha.
Quando criança eu acreditava que Deus possuía um gigantesco livro onde escrevia toda a nossa vida.
Mas hoje acho que não mais nisso. 
Não que eu seja Ateu, pois não sou e nem tenho nada contra quem é, mas sim porque acho que Deus não é um coroa de barba branca que tenha "O Livro do Destino".
Penso em Deus como uma grande energia boa que rege o Universo, sem forma e sem sexo.

Ok, sem mais assuntos polêmicos.
O que eu queria falar é dos eventos inesperados.
Coisas que acontecem quando você menos espera e que, muitas vezes, mudam a sua vida.
São as chamadas "portas" que se abrem em nossa jornada.
Podemos entrar nelas ou não.
Ultimamente resolvi aproveitar tudo que me aparece.
Se por um acaso não der certo é só voltar e entrar em outra porta, se não aparecer nenhuma, vá mais longe e se arrisque mais. Uma hora você encontra uma porta ou janela.

Afinal o mundo é gigante e existe um mar de infinitas possibilidades (momento Forfun kkkkkk).
E é muito melhor se arrepender de algo que você não fez do que ficar imaginando o que aconteceria se você tivesse arriscado.

Mas saí totalmente do assunto inicial kkkkkkkkk 
Eu acho que não existe um destino premeditado.
Acho que construímos nosso destino a cada escolha diferente.

E como diz o tio Dumby "São as nossas escolhas que revelam o que realmente somos, muito mais do que as nossas qualidades."

*****

É isso gente.
Tava só afim de postar kkkkkkkk
Mas quero saber a opinião de vocês.
Beijo meninas.
Abraço rapazes.
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